sábado, 27 de fevereiro de 2016

A ciência de cara nova


*Publicado na revista Amazônia Viva, nº 32, abril/2014 


Pesquisa científica, inovação e desenvolvimento sustentável são áreas que têm chamado bastante a atenção dos jovens. O público que, geralmente, chegava ao ensino superior sem nenhum contato ou com conhecimento raso sobre ciência e investigação científica, agora encontra mais estímulos para desbravar a área. Com o aumento do número de convênios do governo federal, investimentos em infraestrutura, programas de intercâmbio e premiações, muitos estudantes, do nível médio até a pós-graduação, se sentem encorajados a pesquisar soluções para problemas das comunidades onde vivem e que se refletem na região amazônica de modo geral.
O diretor de pesquisa e iniciação científica da Universidade Federal do Pará (UFPA), professor Antonio Carlos Rosário Vallinoto, acredita que fomentar as pesquisas científicas locais é essencial para o desenvolvimento da Amazônia. “Dessa forma, nós mantemos conhecimento circulando aqui mesmo na região, gerado por pesquisadores locais, comprometidos com a Amazônia. Ao difundirmos esse conteúdo, incentivamos os alunos também”, defende. Ele também destaca que o envolvimento com programas de pesquisa na faculdade é importante para o crescimento profissional em qualquer área, independentemente de se seguir a carreira de pesquisador ou não. 
“A iniciação científica proporciona novos horizontes, perspectivas diferentes. O objetivo é formar um profissional mais qualificado, treinado a identificar o problema e encontrar a solução”, acrescenta. Por esse motivo é que, para ele, investir em ciência e tecnologia e nos jovens cientistas pode elevar o Brasil ao patamar de um país de primeiro mundo. “O cenário teve um avanço muito grande nos últimos anos. Na década de 1990, a UFPA tinha aproximadamente 60 bolsas de iniciação cientifica para toda a instituição. Agora passam de mil bolsas distribuídas nos campi da capital e interior”, comenta.
Vallinoto ressalta que somente a UFPA possui mais de 60 programas de pós-graduação “stricto sensu”, sendo a “maior instituição de pesquisa e ensino de toda a Amazônia”. “O salto não foi somente em quantidade, mas em qualidade. Tivemos projetos premiados nacionalmente e todo ano é realizado o seminário de iniciação científica”, diz.
Uma característica relevante da maioria dos pesquisadores da universidade é voltar às linhas de pesquisa para áreas temáticas que envolvam a região amazônica. “A grande tarefa do pesquisador na nossa instituição é tentar melhorar a qualidade de vida do povo local. Há vários projetos com esse objetivo nas áreas da biologia, saúde e engenharia. Muitos estudam o uso de recursos naturais de forma racional”, aponta. 
A responsabilidade é grande e o comprometimento é a característica necessária em quem almeja uma bolsa de pesquisa. Segundo o professor, é comum encontrar alunos na graduação que ainda não definiram a área de interesse, mas essa indecisão é algo saudável. “Os alunos com quem trabalho são obrigados a ter desempenho excelente em todas as disciplinas do curso, tendo uma formação de base adequada e podendo optar por diversas linhas futuramente”, assegura. Ele recomenda os estágios voluntários nos laboratórios como uma boa alternativa para os jovens, pois os orientadores acompanham o aluno interessado e quando surge uma bolsa remunerada, já tem a quem indicar para a oportunidade.
Apesar de, atualmente, os recém-formados terem mais opções de se especializar sem sair do Estado, na opinião do professor Vallinoto, a chamada “pós-graduação sanduíche”, em que o estudante cursa alguns períodos em outras instituições nacionais ou estrangeiras, é uma boa oportunidade. “É uma ferramenta importante para agregar valor à carreira, mas sempre incentivamos a formação de doutores na região, assim, podemos participar de editais de grandes órgãos de fomento. Ainda temos baixo contingente de doutores, sendo que a UFPA concentra um terço de todos os doutores da Amazônia”, ressalva.



Com apenas 30 anos de idade, Tasso Guimarães faz parte do time de doutores formados no Pará e comanda uma pesquisa, no Instituto Tecnológico Vale (ITV), na área da paleoclimatologia. Com o estudo intitulado “A influência das mudanças climáticas no desenvolvimento da floresta tropical da Amazônia”, a meta é entender como as alterações geológicas e climáticas ocorridas ao longo de milhões de anos atrás influenciaram no padrão de biodiversidade da região amazônica atual. O período estudado vai de 60 milhões de anos atrás até o presente e, mesmo tratando de épocas tão distantes, pode ajudar a construir soluções futuras para a região. “Vivemos um novo cenário climático e as previsões para o futuro são alarmantes, com consequências fortes na Amazônia. O que vai acontecer? A floresta vai sumir, vai virar cerrado? Só podemos tentar prever sabendo como foi o comportamento do meio ambiente no passado”, explica Tasso.
A graduação em Oceanografia na UFPA, concluída em 2006, foi o pontapé inicial na pesquisa científica. Ainda quando calouro, ele viu na bolsa de iniciação uma oportunidade de ser remunerado para trabalhar com um tema que lhe despertava o interesse. Ao final do curso, já estava totalmente familiarizado com a linha, que seguiu no mestrado e, posteriormente, no doutorado em Geologia com ênfase em Sedimentologia e Paleobotânica. “Eu era um aluno que não deixava passar uma boa oportunidade e isso chama a atenção dos orientadores, que buscam empenho dos bolsistas. No momento, por exemplo, temos seis bolsas para oferecer e não encontro alunos que preencham os requisitos”, diz Tasso.
A rotina do jovem pesquisador combina horas de estudo e momentos de lazer, não necessariamente separados. “Gosto de trabalhar no laboratório ouvindo música, desde rock metal, quando a carga está puxada, até música clássica, passando por reggae e indie. Em casa, não tem como fugir da leitura de artigos e mais pesquisa, mas é uma tarefa prazerosa para mim”, comenta.
Mesmo a academia, natação e corrida, que também são práticas diárias, beneficiam o raciocínio e ajudam Tasso a deixar a “mente limpa para encontrar soluções para a pesquisa”. As conquistas alcançadas e os planos para os próximos anos deram a ele um entendimento diferente da juventude e vida adulta. “Quando reencontro alguns amigos, percebo como mudaram as perspectivas pessoais e profissionais, o contato com pesquisadores traz um choque cultural e nova visão de mundo”, observa.



Esse tipo de mudança veio ainda mais cedo para o universitário César Favacho, de 19 anos, que desde os dez acompanha pesquisas no Museu Paraense Emílio Goeldi, no setor de Entomologia. A curiosidade pelos insetos fazia o menino colecionar animais, observar o comportamento deles e reproduzi-los em desenhos, que renderam a ele um convite para trabalhar como assistente de pesquisadores do Museu. “O louva-deus é meu principal objeto de estudo e a partir dele quero entender melhor os invertebrados da região, conseguir dados sobre as espécies, forma de reprodução e incidência pode fornecer indicadores ambientais de degradação”, explica César, que está no 5º período de Ciências Biológicas na UFPA. O estudo ocupa a maior parte do tempo do futuro biólogo, que continua a pesquisa em casa, onde mantém sua própria criação de insetos.
“Às vezes fico acordado até de madrugada fazendo anotações, mas quando preciso de um descanso, gasto meu tempo livre lendo mangás, como “Hunter x Hunter”, e jogos de videogame, como “Skyrim”, além da fotografia. Tenho o hábito de todo dia tirar 15 minutos para caminhar pelo campus do Museu e fazer observações e um tempo no final de semana para a família, namorada e amigos”, diz. Com o hobby da fotografia, o universitário já produziu imagens de invertebrados que resultaram até em prêmios.
Para o futuro próximo, César é otimista. “Em cinco anos me vejo alguém que não somente vai fazer ciência com os conhecimentos adquiridos, mas também vai levar invertebrados e outros bichos para mostrar às crianças desde cedo e despertar nelas o instinto de pesquisa”, adianta.

Foi também no ensino médio que Carmem Françuasy Nascimento, de 17 anos, decidiu investir em pesquisa científica. Desde a infância, ela acompanha os estudos do pai, que é biólogo, e que foi a fonte de inspiração para a iniciativa dela. “Aos 15 anos, fiz um levantamento dos artrópodes presentes na minha escola. Os resultados foram ótimos e concluí que não percebemos a quantidade de seres vivos ao nosso redor, e dependendo do que fazemos com esse entendimento podemos ter benefícios ou malefícios”, afirma. Denominado “Artrópodes no ambiente escolar em área urbana de Belém”, o trabalho foi um dos vencedores do Prêmio José Márcio Ayres para Jovens Naturalistas, promovido pelo Museu Goeldi, em 2012.
A estudante agora se prepara para cursar o vestibular no final do ano e ingressar no curso de Biologia, o que a obrigou a diminuir o ritmo das pesquisas pessoais. Carmem faz um estágio voluntário no Goeldi para atuar na área de Entomologia Básica, tornando-se uma das pesquisadoras mais novas da região. Para ela, os estudos são uma forma de diversão e o lazer só vem depois do trabalho. “Sou exigente demais comigo e só consigo me distrair depois de cumprir minhas obrigações. Faço parte do grupo de canto e dança da minha igreja, a música me relaxa bastante, assim como a leitura, mesmo 
que seja científica”, pontua. 
No modo de falar da jovem pesquisadora, percebe-se que ela gosta de incentivar o interesse pela ciência por onde passa. Recém-chegada na nova escola, Carmem já se mobilizou para solicitar à 
direção investimentos em laboratórios e pesquisas. No colégio anterior, ela organizou um acervo de insetos. “A gente vai encontrar limitações sempre, mas a inquietude, a vontade de não se conformar 
é uma coisa que a pesquisa científica provoca em nós”, garante.



O desejo de mudar a realidade ao redor também move Edivan Pereira, de 20 anos, vencedor na categoria Ensino Médio, da última edição do Prêmio Jovem Cientista, realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O estudante recebeu a premiação, no ano passado, da presidente da República, Dilma Rousseff, em Brasília.
Morador do município de Moju, no nordeste paraense, ele buscou soluções para dois problemas comuns na localidade: o consumo de água sem tratamento e a destinação dos caroços de açaí utilizados pelos batedores artesanais. A partir daí, surgiu a pesquisa sobre a obtenção de carvão do caroço de açaí ativado quimicamente com hidróxido de sódio e sua eficiência no tratamento de água para consumo. Para concretizar os estudos em laboratório, Edivan enfrentava distâncias de 80 quilômetros ou mais para se deslocar até Abaetetuba e Belém.
Era durante as viagens que o estudante, agora cursando o último ano do ensino médio, se dedicava a uma das poucas atividades de lazer que ainda mantém: escutar música, principalmente Música Popular Brasileira (MPB). Ele quer cursar Engenharia Química, mas vê as Ciências Naturais como segunda opção. “Tenho alguns sonhos e estabeleço metas na minha vida. Quero estudar fora, mas sem esquecer a realidade da minha região. Toda a repercussão que a minha pesquisa alcançou parece pequena perto do que ainda quero conquistar”, avalia. O prêmio concedido pelo CNPq serviu para ele como oportunidade de comprovar que é possível fazer a diferença, mesmo com todos os obstáculos.
A determinação de Edivan vem, em parte, do estímulo precoce à iniciação científica. Ele começou a se interessar pela ciência ainda no ensino fundamental e acredita que a ausência de incentivo para as crianças se reflete no ensino superior. “Não consigo ver outra maneira de desenvolver um município, de trazer qualidade de vida aos moradores de uma região, se não for através da pesquisa”, reforça. O jovem cientista pretende aprofundar a linha desenvolvida com o caroço do açaí, mas também tem outros temas em mente. Por enquanto, ele concilia o trabalho como auxiliar administrativo, os estudos preparatórios para o vestibular e o tempo em família.
“Passar o tempo com meus pais é uma das coisas que mais gosto de fazer quando tenho tempo. Gosto de ouvir a experiência deles, acumulada através dos anos e vivências, já que nenhum deles passou do ensino fundamental. Também aprecio separar uns minutos para percorrer as comunidades, explorando e tomando nota das rotinas, anormalidades e assuntos curiosos que podem render novas pesquisas”, completa. Uma vez envolvido com a ciência, Edivan tenta apresentá-la aos outros da forma mais atraente possível.
Assim como para Edivan e demais pesquisadores entrevistados nesta reportagem, a curiosidade, a busca pelo conhecimento e a disposição em mudar os problemas encontrados na sociedade abrem a mente de estudantes e os impulsionam para uma Amazônia de progresso e promissora no cenário científico mundial. Como ensina o jovem cientista de Moju: “Por mais que se tenha obstáculos, tudo vale a pena quando se confirma hipóteses e se encontra respostas”.

Aprendizagem nas trilhas do imaginário amazônico

*Publicado na revista Amazônia Viva, nº 21, maio/2013 
  
O contato direto com a natureza tem muito a ensinar sobre sustentabilidade, somado ao tradicional diálogo em sala de aula. Encontrar o Curupira - mesmo que de mentirinha - falando sobre preservação ou uma atriz que interpreta uma guerreira amazona combatendo os crimes ambientais desperta os alunos para a realidade da floresta Amazônica. Para proporcionar um aprendizado cultural e ambiental, o presidente da ONG Instituto Ariri Vivo, Uirá Pinheiro, desenvolveu um projeto que tira os estudantes de entre as quatro paredes e os leva para a floresta, em uma trilha interativa. O Arte na Trilha segue a linha do "eduentretenimento", que pretende instruir de forma lúdica e para isso promove combinações como teatro e ciências, música e desenvolvimento sustentável, artes plásticas e ecologia.

O projeto está na primeira edição, que começou em 9 de abril e vai até o dia 24 de maio, no Complexo Ecológico Parque dos Igarapés, em Belém. "Nosso grande mérito é a mudança de ambiente e o currículo de ensino diferenciado, que não costuma ser trabalhado nos colégios", afirma Uirá. O objetivo do Arte na Trilha é plantar a semente da conscientização ambiental durante os dois dias de atividades e ele prevê que, até o fim do mês, um total de 600 crianças sejam atendidas. As escolas da rede pública enviam, sem custo para a unidade de ensino, turmas de 40 alunos entre 9 e 12 anos. Eles se dividem em dois grupos e participam de palestras, oficinas e um espetáculo teatral. As lendas e mitos da região amazônica são as temáticas que costuram toda a programação e através delas eles aprendem a ler partituras musicais, reciclagem, técnicas de atuação e pintura. 

A iniciativa surgiu para suprir uma carência do sistema educacional e enfrentou muitas dificuldades financeiras para virar realidade. "O imaginário amazônico é diretamente ligado ao meio ambiente e as escolas dificilmente trabalham isso com os estudantes do nível fundamental, que costumam assimilar bem esse conteúdo", aponta. Uirá defende o enorme potencial da Amazônia para projetos que conciliam cultura, educação e ensinamentos voltados para a sustentabilidade, que precisam ser focados nos jovens e crianças para estimular a preservação ambiental. "Os resultados tendem a ser muito mais favoráveis quando eles entendem na prática as implicações em suas vidas das problemáticas do lixo ou da água", exemplifica o idealizador do projeto.

OFICINAS
Cada escola inscreve os alunos em duas oficinas. Na oficina de arte eles realizam desenhos e pinturas de imagens da floresta, enquanto na de sustentabilidade eles reutilizam materiais na produção de bioacessórios. O público pode ainda fazer a oficina de iniciação teatral ou musical, onde eles aprendem a ler uma partitura em menos de uma hora. Rutiel Felipe é o oficineiro de música e desenvolve com os estudantes uma técnica chamada partitura corporal. “De forma bem divertida trabalhamos com eles a percepção, concentração, ansiedade, improviso, memorização e, claro, consciência ambiental”, explica. Ao final da oficina eles já tem conhecimento de figuras musicais, compassos, claves, pausas e formação de compassos. 

Passada a primeira etapa, de instrução sobre harmonia e melodia, os alunos começam a cantar sobre natureza e cultura. Rutiel considera esse um momento importante na programação, pois aumenta a intimidade com a música e com o meio ambiente, além de reforçar outros valores. “Eles precisam escutar uns aos outros e colaborarem entre si, o que aumenta o respeito e o aproveitamento nas atividades”, diz. Para ele, a eficácia da técnica consiste em estabelecer uma ligação com os demais temas, pois “o método trabalha o corpo e os movimentos em cima dos ritmos, deixando eles mais familiarizados com o espetáculo e em sintonia com o resto do projeto, que passeia pela nossa cultura e riqueza natural”.

ENCENAÇÃO
A peça teatral é o ponto alto do projeto, já que os estudantes interagem diretamente com o espetáculo. Os atores conduzem as crianças pelas trilhas do Parque em busca de um tesouro e durante o caminho surgem personagens lendários. A Matinta-Pereira que aborda os alunos é interpretada pela atriz Suely Brito, com 25 anos de carreira, e apesar de provocar um susto, quer mesmo é alertá-los de que o tesouro não está guardado em um baú: é a própria natureza que os cerca. “A reação ao trabalho é fantástica, pois resgata o misticismo das histórias amazônidas e o temor pelos mistérios da floresta, alguns elementos que sumiram com o tempo”, observa. É no encontro com a Matinta que eles recebem algumas mudas de árvores que precisam ser plantadas para que o tesouro não acabe, mas se multiplique.

Apesar do desenvolvimento sustentável ser um assunto muito comentado atualmente na sociedade, Suely sente falta de discussões mais esclarecedoras e motivadoras no âmbito escolar e, principalmente, dentro de casa. “Por isso eu acredito nesse projeto, porque ele desperta a noção de preservação ambiental no público e como eles aprenderam de um jeito agradável, vão propagar isso para os familiares e amigos”, afirma. Uirá confirma que o retorno dos alunos e professores é espetacular. “Para a nossa equipe também traz muita alegria, é uma realização muito grande e a nossa vontade é estender para as escolas do interior do Estado”, comemora. Ele acredita que o Governo e entidades precisam, cada vez mais, estimular projetos que tragam enriquecimento metodológico para o currículo diversificado das escolas públicas. 

“Buscar desenvolver atividades além da sala de aula, iniciativas e projetos que estimulem a criatividade das crianças e jovens, fazendo com que elas aprendam de modo lúdico e prático é importantíssimo para um futuro mais sustentável”, completa. O Instituto Ariri Vivo, fundado há três anos, conseguiu realizar o Arte na Trilha através da Lei Semear da Fundação Cultural Tancredo Neves e Governo do Estado do Pará. Uirá garante que a maior satisfação para os envolvidos no projeto é conversar com os alunos após a trilha e notar que as metáforas e técnicas os ajudaram a entender melhor – e futuramente colocar em prática - o uso sustentável dos recursos naturais, além do convívio pacífico, inteligente e consciente com o mundo vegetal e animal.

SERVIÇO:

As informações gerais sobre o projeto também podem ser obtidas em contato com o Instituto Ariri Vivo, pelo email aririvivoamazonia@gmail.com e no site www.projetoartenatrilha.blogspot.com.